Carne suína ecoeficiente: O papel da genética na redução das emissões de carbono

Publicado em 20 de Janeiro de 2025

Carne suína ecoeficiente: O papel da genética na redução das emissões de carbono

A redução das emissões globais de carbono é essencial por diversos motivos, incluindo a mitigação das mudanças climáticas, a prevenção do aumento do nível do mar e a melhoria da qualidade do ar. Enfrentar esses desafios é uma responsabilidade global para proteger as gerações futuras. Como parte do nosso compromisso, elaboramos um relatório utilizando a metodologia de Análise do Ciclo de Vida (LCA, na sigla em inglês) para quantificar o impacto real do aprimoramento genético nos suínos Hypor.

É amplamente reconhecido que a produção de proteína animal contribui significativamente para as emissões de carbono. No passado, a eficiência dos sistemas de produção era guiada principalmente por incentivos econômicos, mas atualmente, estamos comprometidos com a criação sustentável de suínos, que leva em consideração o impacto total, incluindo aspectos econômicos, éticos e ambientais. As escolhas que fazemos hoje na genética animal afetam o futuro e têm impacto em milhares ou até milhões de animais.

Onde a genética pode causar impacto ?

Estudos mostram que o aprimoramento genético pode reduzir visivelmente a pegada ecológica ao longo da cadeia de valor da proteína animal. Como a ração é o principal fator que contribui para essa pegada, buscamos responder à seguinte pergunta: como as taxas de FCR melhoradas contribuem para reduzir as emissões de CO2 e o uso da terra pelos clientes comerciais de nossos produtos?

Como podemos quantificar isso ?

Em 2022, iniciamos um projeto para analisar e quantificar o impacto do aprimoramento genético de nossos produtos na Europa e na América do Norte. Utilizamos a metodologia de Análise do Ciclo de Vida (LCA) para avaliar os impactos ambientais do aprimoramento genético. Dados fornecidos pelo Global Feed LCA Institute (GFLI) foram usados para quantificar como os diferentes ingredientes da ração contribuem para as emissões de CO2, o uso da terra e o consumo de água em ambas as regiões. Vamos examinar mais de perto o impacto da nossa genética suína na Europa. Nos últimos sete anos, o índice médio de melhoria no FCR foi de 1,2% ao ano, o que equivale a uma redução de 12,2% após dez anos.

Na Europa, essa melhoria representa uma redução de 309 g de CO2 e 0,7 m2 de terra para produzir 1 kg de carne suína. Quantificamos o impacto não apenas para 1 kg de produto, mas também para toda a produção de carne suína derivada de nossos produtos genéticos. Esse cálculo foi baseado no volume atual do mercado e na nossa participação de mercado. Graças ao aprimoramento genético no FCR, as emissões de CO2 relacionadas à produção de carne suína na Europa serão reduzidas em pouco mais de 1 milhão de toneladas. Para contextualizar, essa redução é equivalente às emissões produzidas por aproximadamente 15.000 voos só de ida entre Nova York e Londres. Um Boeing 747 comercial usa cerca de 70 toneladas de CO2 em um voo de Londres para Nova York. Assim, a redução total de emissões equivale a cerca de 15.000 desses voos. No que diz respeito ao uso de terra (supondo que a produtividade das plantas permaneça constante), a economia chega a 231.000 ha, uma área ligeiramente maior que a cidade de Nova York, que tem aproximadamente 789 km² (304 milhas quadradas).

1kg de carne Total
Economia g CO2 eq Terra (m2) toneladas CO2 eq Terra (ha)
Europa 12.2% -309 -.07 -1,088,629 -213,116
América do Norte 13.1% -239 -.05 -672,180 -146,985

A criação sustentável de suínos envolve uma abordagem equilibrada, que considera as necessidades dos animais, das pessoas e do planeta. Por meio da melhoria contínua, nosso objetivo é reduzir o impacto que a produção tem sobre o meio ambiente. Agora, com dados concretos, podemos compreender e apoiar ainda mais esses objetivos. A sustentabilidade é mais do que apenas uma palavra da moda. Deve ser quantificada, especialmente com o aumento da conscientização e das expectativas das partes interessadas internas e externas. A Suinocultura não é exceção a essa pressão crescente por uma redução na pegada de carbono, e a genética oferece melhorias cumulativas maiores no desempenho animal do que qualquer outra atividade em toda a cadeia de produção.

Este estudo é apenas o começo, pois consideramos apenas o impacto do aprimoramento no índice de conversão alimentar. Expandir a análise para incluir outras características será relativamente simples, pois já estabelecemos a estrutura. Os resultados dessa análise revelam o impacto total de nossas atividades e nos permitem usar essas descobertas para continuar estabelecendo metas ambiciosas de criação sustentável.

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